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Poetizar o viver é retratar realidades com arte e encantamento.
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Humanidade Dura

Por vezes me pego refletindo sobre os dias e sobre a atual humanidade. Meu pensamento viaja e chega no tempo das guerras bárbaras descritas nos livros de história, dos tempos dos horrores em que o ser humano já viveu, da era em que não haviam médicos e sim os barbeiros que com os seus conhecimentos e ferramentas primitivas faziam o que estava ao alcance para tratar dos enfermos. Mas, o mundo foi mudando, a globalização iniciada com a navegação que descobriu novos continentes e povos foi impondo modificações sociais e econômicas ao longo dos tempos até chegarmos ao hoje, ao agora.

Cada dia mais a tecnologia se faz presente em nossas vidas, estamos ficando digitais, as novas gerações são digitais, a ciência mostra a sua força e necessidade. Todavia, foi preciso uma Pandemia bater em nossa porta para nos fazer questionar o modelo social atual, as economias mundiais foram solapadas e o cenário de incertezas abraçou o mundo no ano de 2020. Os países ricos fizeram o seu melhor para evitar a morte de milhares de pessoas implantando o lockdown, assegurando um auxílio digno para a população se manter em condições dignas de sobrevivência e investiram na ciência, na busca da vacina. Mas, e os países pobres? Como estão passando por esse momento? E os países em desenvolvimento? O Brasil viveu e vive o seu dilema: lockdown ou economia? Morte ou empregos? Preserva o teto de gastos ou concede um auxílio digno para a população?

O ano de 2020 ficou para trás. Infelizmente nossos governantes não foram hábeis no trato da crise pandêmica, não acreditaram na ciência e sim na imunização de rebanho - mas, a que preço? A vida perdeu o valor até que a vítima não seja um parente amado. As pessoas, salvo as exceções, acostumaram-se com os números e o tanto faz parece ser a tônica da vez. Festas clandestinas, relaxamento com as medidas de segurança pessoal, não cumprimento dos protocolos de saúde e decretos governamentais acabaram por sobrecarregar os sistemas de saúde públicos e privados, as pessoas estão morrendo de forma horrenda - sem ar, sem ar. E aí me questiono: será que estes são os tempos bárbaros de nossa época? Tanto faz que o outro pereça com falta de ar desde que as festas, os encontros de grupos, a ausência do uso de máscaras por alguns sejam mantidos? É isso?! Essa é a nossa sociedade? Trabalhadores aglomerados em ônibus, metrô e trens urbanos lotados? E pensar que em 2020 muitos diziam que a sociedade iria sair melhor após o fim da Pandemia, será? Diante do atual cenário brasileiro tenho minhas dúvidas - infelizmente. A humanidade está dura, embrutecida, egoísta. Uma lástima!

 
Alvaniza Macedo
12/03/2021



 
Alvaniza Macedo
Enviado por Alvaniza Macedo em 12/03/2021
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